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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Business Intelligence - E aí?

Tá, você já ouviu falar. LEGAL!!! Usa na empresa um software bacanão, cheio de gráficos maneiros, vários relatórios irados e uns indicadores de fazerem a BOVESPA parecer um trabalhinho de álgebra de um garoto de 12 anos. Super... mas diz aí, quando você recebe seus e-mails, você os organiza por data e hora de chegada mesmo, ou criou umas pastinhas com os nomes dos principais remetentes ou principais assuntos?

Se sim, parabéns. Você está no caminho de uso do BI, senão, você é parte de um grande grupo que jura por Deus que BI é a implantação de uma ferramenta de gestão estratégica. Ledo engano.

Inteligência de Negócio, como o nome em inglês propõe, de longe materializa-se em uma ferramenta. BI está ligado a método, e não a ferramenta. BI está ligado a maneira como você trata a informação de que dispõe e a organiza, seja essa informação o conjunto de seus arquivos em seu computador, seus e-mails, seus sites favoritos da internet e até a disposição das roupas que você usa no seu guarda-roupa.


O BI, contudo, necessita de um outro conjunto de conceitos que, integrados, auxiliam na organização das informações. Esses conceitos serã apresentados aqui no que eu julgo ser a melhor maneira de dar esse exemplo, e está fortemente ligado ao nosso dia-a-dia.


Digamos que você seja um prestador de serviço com 10 clientes e 2 fornecedores. Seus clientes, diariamente, passam um boa quantidade de e-mails para você, digamos, 20. Você está com problemas, já que diariamente, você recebe 200 e-mails e lê-los um a um a cada vez que chegam, pode ser trabalhoso e as vezes, improdutivo, uma vez que alguns desses e-mails podem não ter informações exatamente relevantes.


Além disso, em termos mais objetivos, esses e-mails não seguem exatamente uma ordem de chegada, e embora sejam do mesmo cliente, não são exatamente do mesmo destinatário, pois cada cliente pode enviar de 3 ou 4 pessoas diferentes. Vamos analisar, portanto, os dados que você possui baseado nos seus e-mails que permitiria qualificá-los:


- Data e Hora: pouco exclusivo, uma vez que pode chegar e-mail de mais de um cliente em intervalos de minutos pouco diferentes ou no mesmo intervalo de hora, e claro, no mesmo dia.


- Assunto: muito abstrato, uma vez que seria até possível você receber e-mails com títulos parecidos mas com contextos diferentes de clientes diferentes.


- Remetente: razoável, uma vez que as pessoas dos clientes tendem a mudar muito pouco, porém, eventualmente alguém que ainda não tenha feito contato de um determinado cliente pode entrar em contato.

- Domínio do Remente: opa, aqui sim, uma informação interessante, pois, como sabemos a quantidade de clientes, podemos registrar o domínio de internet destes clientes, o que permitiria filtrar esse dado com muita facilidade e organizá-los a cada leitura.

Sendo assim, uma vez que você localizou o dado pelo qual qualificará seus e-mails, você é capaz de criar pastas com o nome dessas empresas e, pelo domínio do e-mail ou pelo remetente, levar esses e-mails para essas pastas. Mas ainda resta um ponto. Você recebe e-mails de Clientes e Fornecedores.

Mas isto é fácil. Você cria uma pasta denominada Clientes, e outra Fornecedores, claro! Na pasta de clientes, você cria uma pasta para cada cliente, e na pasta Fornecedores, uma para cada Fornecedor. Pronto: você acaba de utilizar o conceito de Data Warehouse e Data Marts.

Data Warehouse, portanto, é o conceito de armazém de dados, e os Data Marts, de recintos de dados dentro desses armazéns. Os armazéns podem ser hierárquicos, até que você consiga agrupar a informação até sua utilização, que será encontrada nos recintos, esses não hierárquicos.

Mas legal. Você já sabe por qual dado você irá qualificar seus e-mails, já possui um armazém de dados e recintos para alocar suas informações, mas: ooooh troço chato esse negócio de organizar na mão seus e-mails. Quem sabe uma forma automática, uma ferramenta que Entenda os e-mails e que seja capaz de Traduzir o dado de domínio do e-mail que está chegado e Leve esses e-mails até seus respectivos recintos? Ei-lo então, a primeira real ferramenta do nosso conjunto até conceitual: o ETL.

Calma, calma: ETL não significa Entenda-Traduza-Leve, mas significa Extraction, Transformation and Load. Quase a mesma coisa, vai! Você entendeu.

O ETL é efetivamente a única coisa mais ferramental desse conjunto, pois ninguém que se preze nesse mundo realizará tal tarefa na mão, meu brother. Sério, se você já acha chato arrastar meia dúzia de e-mails para seus recintos, o que acha de tratar de 1 mi de registros em algum arquivo, interpretá-lo de alguma forma e depois armazenar esse dado no local correto? Nem pensar!! Portanto, ferramenta neles.

Bom, uma vez que você tenha sistematizado a chegada de seus e-mails, você está pronto para operar seu negócio com mais eficiência, e talvez até mais eficácia, uma vez que as informações de uma mesma categoria estão reunidas num mesmo lugar. Tomar decisões ficou mais fácil, não!

Isso, é BI. Isso, é Inteligência de Negócio, Inteligência nos Negócios, só Inteligência... rs!

No próximo post:

- história do BI (breve, coisa chata)
- "Posso implantar BI?" (será, será)
- Passos básicos na implantação do BI (isso vai te custar caro)

Oi Táta, oi mãe!